As eleições dos EUA acontecem nesta terça-feira (5), levando milhões de americanos às urnas para eleger o presidente da república, 435 deputados federais e 34 senadores. Mas não é só isso. Em razão de características próprias do sistema eleitoral estadunidense, cada um dos 50 estados terá cédulas próprias em um cenário bem diferente do que existe no Brasil.
“Para começar, nos EUA, o voto não é obrigatório. Mesmo assim, estima-se que mais de 150 milhões de pessoas compareçam às urnas, até mesmo em razão das pesquisas eleitorais, que mostram um empate muito próximo entre Donald Trump e Kamala Harris. Há um sentimento em parte do eleitorado de que todo voto conta”, analisa Rodrigo Costa, CEO da Viva América, consultoria especializada em imigração para os Estados Unidos.
O executivo vive há mais dez anos na Flórida e relata nunca ter visto uma disputa tão apertada quanto essa. “Qualquer um dos dois pode vencer”, diz Costa, destacando ainda o papel do tema imigratória na corrida presidencial. “Ambos os candidatos estão adotando, em maior ou menor grau, um discurso para controlar o alto fluxo de imigrantes para a América, sobretudo o fluxo ilegal, pela fronteira do México.”
Veja abaixo outras características e curiosidades da eleição dos EUA:
Voto não obrigatório: nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, diferentemente de países como o Brasil, onde os cidadãos devem votar ou justificar a ausência. Porém, é preciso ter 18 anos no dia da votação e se registrar como eleitor.
Votação sempre de terça-feira: as eleições federais americanas sempre ocorrem na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro, uma tradição que remonta ao século XIX, para acomodar o calendário agrícola e religioso da época.
Início ao mandato: o mandato do presidente começa sempre ao meio-dia de 20 de janeiro, em uma cerimônia pública em Washington, D.C. Se a data cair em um domingo, a cerimônia pública geralmente fica para o dia 21, mas com o presidente assumindo o cargo oficialmente no próprio dia 20, em uma cerimônia fechada no Congresso.
Voto antecipado: muitos estados permitem que os eleitores votem antecipadamente, o que pode ocorrer tanto em locais de votação designados quanto pelo correio. O voto por correio é amplamente utilizado e, em alguns estados, quase todos os eleitores votam dessa forma, especialmente desde a pandemia de COVID-19. “Aumenta a acessibilidade e a conveniência para o eleitor.
Cédulas em papel: em muitas regiões, as cédulas são ainda em papel, o que para o brasileiro pode soar estranho. Até existem máquinas de votação e de contagem de votos, mas em muitos casos elas permitem apenas a perfuração da cédula física ou a impressão do voto em papel.
Variedade de cédulas: as cédulas variam entre localidades, com eleitores de diferentes regiões votando em candidatos e questões específicas de acordo com o distrito onde residem. Isso acontece porque o sistema eleitoral nos EUA é descentralizado, permitindo que cada estado defina suas próprias regras para o registro de eleitores, procedimentos de votação e apuração.
Recontagem automática: em alguns estados, quando a diferença de votos entre candidatos é muito pequena, uma recontagem automática dos votos é acionada para garantir a precisão do resultado, sem que isso seja requisitado pelos partidos ou terceiros.
Comunicação Viva América