Nascimento de tartarugas vira atração turística na Paraíba

Cotidiano

Dezenas de pessoas acompanharam, na tarde de ontem, o nascimento de tartarugas marinhas, na praia do Bessa, em João Pessoa. A ação foi monitorada pela Organização Não-Governamental (Ong) Guajiru – Tartarugas Urbanas, que cuida dos ninhos das espécies no Litoral paraibano.

Nesta quarta-feira (30) aconteceu a abertura do 12º ninho somente este ano, segundo os voluntários da Guajiru, com o nascimento de 98 tartarugas, da espécie tartaruga-de-pente. Os nascimentos acontecem sempre durante o dia para que os animais consigam tomar o destino certo e não corram o risco de serem atropelados indo para o asfalto.

Quem acompanhou de perto a partida dos filhotes em direção ao mar, não conteve a emoção e a alegria do momento. “É um espetáculo muito bonito de se ver e pra nós é uma oportunidade única, sem dúvida. Assim vemos como é importante a preservação do meio ambiente para que os animais possam continuar se perpetuando e não entrem em extinção”, disse Ana Paula Lira, que mora em São Paulo e está de férias em João Pessoa.

Já o jardineiro Renato Silva estava trabalhando, viu a movimentação na praia e se surpreendeu ao ver a abertura do ninho de tartarugas. “Pedi um tempinho no trabalho pra ver as tartarugas. Sempre vejo as plaquinhas aqui na areia, mas nunca tinha visto o nascimento. É muito bonito”, revelou.

Entre os turistas e moradores das proximidades que puderam acompanhar a soltura das tartarugas marinhas estavam também muitas crianças. Os voluntários da Ong Guajiru falaram sobre a importância das tartarugas para o meio ambiente marinho, a preservação da espécie e qual rumo elas tomam no mar.

Para Mateus Rocha, de 10 anos, foi uma surpresa saber que os filhotes que forem fêmeas quando estiverem adultas voltarão a praia onde nasceram para depositar os ovos. “Eu não sabia dessa parte. É muito interessante. E a gente aprendeu também que é importante não jogar lixo na praia, plástico, canudos, porque as tartarugas podem comer e morrer”, acrescentou o garoto, que também está visitando a Capital.

Preservação

Um dos voluntários da Ong Guajiru, José Roberto Aragão, explicou que os ovos demoram de 50 a 60 dias para eclodir e que todos os ninhos do Litoral paraibano são monitorados pela Ong. Atualmente são 48 ninhos em monitoramento pelas equipes. Segundo ele, o trecho entre a praia do Bessa e Ponta de Campina, em Cabedelo, é o percurso onde há o maior número de ninhos.

Katiana Ramos – Foto: Rizemberg Felipe – Jornal Correio da Paraíba

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