A região da Serra da Barriga (AL), que abrigava o Quilombo dos Palmares, recebeu o título de patrimônio cultural do Mercosul neste sábado (11). O quilombo é lembrado na história brasileira como o maior espaço de resistência de escravos durante mais de um século no período colonial.
O reconhecimento significa, na prática, que os governos do Brasil e estadual, assim como a sociedade civil, devem estar comprometidos com a proteção, a conservação, a promoção e a gestão da Serra da Barriga.
De acordo com o presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira, um plano entre a instituição e a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) vai promover o turismo sustentável na região. “É necessário que Alagoas abrace a Serra da Barriga para fazermos daqui um dos pontos turísticos mais visitados deste País, com guias e atividades constantes.”
Em 1985, a região foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2007, foi aberto o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, único parque temático voltado à cultura negra no Brasil, que recebe anualmente cerca de 8 mil visitantes. “Todo esse trabalho de candidatura é difícil e profundo e fundamental para a salvaguarda da cultura negra”, afirmou Kátia.
A lista de patrimônios culturais do Mercosul inclui o edifício-sede do Mercosul, em Montevidéu, inaugurado em 30 de dezembro de 1909; a pajada, que é uma arte que mistura música e poesia e que adquiriu grande desenvolvimento no Cone Sul; o chamamé, estilo musical tradicional da Argentina, e o cimarronaje cultural equatoriano.
O Brasil possui dois bens com o título: a Ponte Internacional Barão de Mauá, ligação entre as cidades de Jaguarão, no Brasil, e Rio Branco, no Uruguai; e a região das Missões, que abrange cinco países (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia).
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