Abaeté Aviação inicia venda de passagens entre Salvador e Morro de São Paulo, na Bahia

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O mercado de voos regionais continua ganhando força, em especial, no Nordeste. Após a Azul anunciar voos de Recife para Caruaru e Serra Talhada, em Pernambuco, por meio de Azul Connecta, neste final de semana a baiana Abaeté Aviação abriu as vendas para reservas de sua primeira rota, ligando Salvador a Morro de São Paulo (BA). Os voos terão início a partir do dia 18 de dezembro, com frequência diárias, utilizando aeronaves Cessna C208 Caravan, com capacidade para nove passageiros.

Para um voo de 30 minutos de duração, numa distância de 248 quilômetros, a reportagem do Turismo em Foco consultou no site da companhia aérea baiana os preços cobrados. Fizemos uma simulação com saída no dia 20 de dezembro e retorno no dia 26 de dezembro de 2020 – período de Natal. A ida custaria R$ 461,13 e o retorno R$ 328,00. Somados os dois valores, o custo dessa viagem seria de R$ 789,13.

Fizemos ainda outra simulação de preços com saída no dia 20 de dezembro deste ano, porém, com retorno no dia 10 de janeiro de 2021. O valor do retorno subiu para R$ 459,00, o que representaria um custo total da viagem de R4 920,13. É importante salientar, que Morro de São Paulo é um dos destinos turísticos mais visitados pelos turistas durante todo o ano.

No passado

Nos anos 1990, a empresa chegou a operar uma grande malha regional, ligando cidades como Jequié, Caravelas, Teixeira de Freitas, Bom Jesus da Lapa, Guanambi, Barreiras, Vitória da Conquista, entre outros, usando 4 Embraer E110 Bandeirante. Mais tarde, a empresa incorporou um punhado de Cessnas C208. Anos mais tarde, a operação da linha aérea regular foi encerrada e a empresa voltou a concentrar-se no táxi aéreo e fretamentos pontuais. A empresa saiu do mercado de voos regulares em 2012 e teve seu certificado revogado pela ANAC em 2018.

À época, a empresa abraçava uma demanda deixada desamparada pela antiga Nordeste Linhas Aéreas. Agora, a história se assemelha, pois com a crise da Covid e as incertezas quanto à recuperação do setor, ainda mais regiões do interior do país ficaram desassistidas, criando uma grande oportunidade para a Abaeté.

Fábio Cardoso, com AeroIn