Automobilismo virtual cresce atraindo pilotos profissionais e investimentos de grandes marcas

Cotidiano

O ano de 2020 foi bastante complicado para o esporte em geral. Mas, assim como aconteceu com diversos setores da economia, alguns nichos cresceram em ritmo intenso e avançam para 2021 com projeção ainda mais positiva. É o caso do Automobilismo Virtual (AV), que todos os dias atrai novos pilotos, entre iniciantes e profissionais, e marcas interessadas em serem pioneiras no apoio aos eSports.

A Maxon Oil, gigante do mercado nacional de lubrificantes e patrocinadora das pistas reais em diversas categorias, acaba de anunciar o patrocínio à Kings of Asphalt (Koa), equipe de ponta do automobilismo virtual brasileiro. A Koa, como é carinhosamente chamada, conta com grandes nomes das pistas online e reais, como Adriano Carraza, piloto top 10 do mundo; Rodrigo Lorenzo, piloto top 16 das Américas; Wendell Parra, multicampeão no simulador Iracing; Marco Brasil, entre os Top 10 nacional na Indy pelo iRacing e outros nomes como Lorenzo Roth, Top3 Stock Brasil Profissional e seis vezes campeão da Stock Car.

Em 2021 a Koa vai disputar os campeonatos  Iracing Brasil, J6, ApexGT, e-pilotos, BTS, e-Sports, OKBR, Warmup eSports e Virtual Challenger. A equipe é a única multiplataforma do segmento e reúne mais de 70 pilotos, entre iniciantes e profissionais. “Nossa expectativa para 2021 é nos consolidarmos como a maior equipe multiplataforma do Brasil e ampliarmos os contratos com pilotos”, conta Bruno Brochveld, sócio da Koa ao lado de Fernando Albertoni.

O Brasil é o terceiro mercado mundial de gamers e entusiastas em eSportes, atingindo uma audiência impressionante de 75 milhões de pessoas.  Apoios como esse da Maxon Oil à Koa tornam a estrutura cada vez mais profissional e democrática. “O ambiente virtual é a maneira mais rápida de popularizar o automobilismo, tradicionalmente reconhecido por ser um esporte caro. Agora todo tipo de pessoa, de uma forma muito mais acessível, pode disputar uma corrida e exercer sua paixão. Temos no país grandes talentos em eSportes e a Maxon Oil faz questão de ser uma incentivadora” conta Edson Reis, CEO da Maxon e piloto da Copa HB20.

Edson Reis, CEO da Maxon Oil e piloto da Copa HB20

Profissionalização

Segundo Brochveld, a remuneração de pilotos das pistas virtuais varia entre premiações e salários, com valores que vão de R$ 300 a R$ 10 mil por mês. “A grande diferença é que o investimento para entrar no esporte chega a ser mil por cento mais barato que o automobilismo real”, explica.

“Com um controle de vídeo game você já consegue participar. Tirando o fato de que não estará dentro de um carro real, todo o resto da experiência é muito similar a das pistas físicas, incluindo o esforço físico, a necessidade de preparar o carro para a corrida, a emoção de cada etapa”, completa Albertoni.

Assim como o automobilismo tradicional, o virtual se divide em diversas ligas e categorias. São cerca de quatro temporadas por ano, com corridas semanais, geralmente transmitidas pelo YouTube.

“Este ano muitos pilotos profissionais famosos foram parar no AV durante a pandemia. Por outro lado, também temos casos de pilotos de pistas virtuais que conquistaram espaço nas pistas reais por conta do seu desempenho no online. Um deles é o Igor Fraga, que foi parar na Fórmula 3 graças a um título na Gran Turismo”, lembra Brochveld.

Agência Soul