A covid-19 não escolhe momento, cor, sexo, idade, classe social, profissão… O professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba, Wellington Pereira, foi mais uma vítima dessa terrível doença. Ele morreu na noite desta sexta-feira (19) em um hospital particular de João Pessoa. Ironia, morreu cinco dias após a morte do irmão, Wallace Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações na Paraíba, ocorrida no dia 14 de março último.
No dia 16 de março, o professor anunciou que sairia por um tempo das redes sociais para cuidar melhor da saúde. No texto o professor revelou ter descoberto estar com a covid-19, em um exame feito por curiosidade dele, já que vinha em tratamento de uma neuropatia diabética que, inclusive, o forçou a se aposentar da UFPB em 2017. Longe dos bancos da universidade, as redes sociais passaram a ser um meio de comunicação utilizado pelo professor para manter vivo os seus textos e o diálogo com os amigos.
No texto que avisava sobre o tempo que daria nas redes sociais, Wellington Pereira revelou como essa doença é nefasta e não perdoa ninguém. Escreveu: “Não sei qual é a arqueologia do vírus. Mas iniciei logo o tratamento. Muita dor de cabeça, dores no corpo e falta de força muscular. Por isso amigos, vou ficar um tempinho fora do mundo virtual. Espero voltar com saúde. (wp).
Wellington começou a apresentar os sintomas do coronavírus no domingo, 14. Com o agravamento do quadro, procurou o hospital na noite de quinta-feira (18), quando teria comentado com a esposa que achava que não conseguiria superar a doença. Pela manhã, apresentou melhora, mas à tarde sua situação voltou a se agravar. Houve uma tentativa de intubá-lo, mas o professor teve uma parada cardíaca antes que o procedimento pudesse ser realizado.
Wellingon Pereira era casado com Lourdinha Gomes, que também está infectada pela Covid-19, e deixa uma filha que completa 18 anos nesta sexta-feira (19).
Fábio Cardoso
