Ponte aérea entre Rio e São Paulo terá o primeiro embarque 100% digital no país

Aviação Brasil

A ponte aérea dos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) será a primeira a implantar, de forma definitiva, o embarque facial biométrico 100% digital no Brasil para passageiros e tripulantes. O Acordo de Cooperação Técnica assinado, na sexta-feira (11), entre a Infraero e o Serpro, empresa de tecnologia do Governo federal, prevê uma conjugação de esforços visando à instalação, à operação e ao aprimoramento da iniciativa de forma coordenada nos dois terminais aéreos.

Inserida no programa Embarque + Seguro 100% Digital, que foi criado e coordenado pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), a tecnologia dispensa a apresentação de documentos de identificação no momento de acesso à sala de embarque e aeronaves. O objetivo é tornar mais eficiente, ágil e seguro o processamento de passageiros e tripulantes.

De outubro de 2020 a janeiro deste ano, mais de 6,2 mil passageiros participaram da fase de testes do programa, realizada em sete aeroportos do país. Entre pilotos e comissários de bordo, quase 200 profissionais avaliaram o embarque biométrico em Congonhas e no Santos Dumont, de novembro de 2021 a janeiro deste ano.

Como funciona

Para os passageiros, o procedimento começa no momento do check-in. Por meio dos seus dados pessoais, CPF e uma foto do viajante, o atendente da companhia aérea usa o aplicativo desenvolvido pelo Serpro para realizar a validação biométrica do cidadão, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.

Uma vez validado, o passageiro fica liberado para acessar a sala de embarque e a aeronave, passando pelos pontos de controle biométricos que fazem a identificação e validação por meio de câmeras, sem que o viajante precise apresentar documento de identificação e cartão de embarque. O Embarque + Seguro garante a proteção total dos dados dos usuários.

Para tripulantes, no momento do controle de acesso à Área Restrita de Segurança (ARS), um equipamento de leitura biométrica coleta os pontos da face do tripulante e valida os parâmetros biométricos junto à base de dados da CHT Digital – iniciativa da Anac –– confirmando se o indivíduo é tripulante da aviação civil e a validade do documento.

Em caso positivo, o profissional terá o acesso liberado sem a necessidade de apresentação de documentos, evitando o contato entre ele e o agente de controle de acesso aos documentos (procedimento touchless). Em caso negativo, a CHT do tripulante e o documento de identificação do operador aéreo poderão ser verificados e validados manualmente. O procedimento de controle de acesso, por meio de biometria facial, não exime o tripulante de se submeter à inspeção de segurança aeroportuária.

Assessoria de Imprensa