Sindipetro critica o Governo por pressionar postos por queda nos preços da gasolina e aliviar para as distribuidoras

Brasil

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Paraíba criticou o Governo Federal, nesta quinta-feira (18), que vem, segundo a entidade, apontando o dedo apenas para o setor à espera da redução dos preços do litro da gasolina. Há dois dias, a Petrobras anunciou a redução dos preços dos combustíveis a partir das refinarias. Essa redução tem sido cobrada pela sociedade e a estimativa é de que os preços do litro caiam em até R$ 0,40 na bomba. 

Em nota, o Sindipetro denunciou que, “informações preliminares dos revendedores nos indicam que as companhias distribuidoras ainda não repassaram aos postos, na integralidade, os reflexos dessas reduções.” Desta forma, essa redução não deve chegar nas bombas. Nesta sexta-feira, porém, muitos postos de combustíveis de João Pessoa e Cabedelo começaram a derrubar o preço da gasolina, passando de R$ 5,20 (a média) para R$ 5,02 a R$ 5,05.

Na nota, a entidade afirmou que “diferentemente do que disse o ministro de Minas e Energia ao anunciar quedas de preços da Petrobras, o Governo, ao invés dos postos, deveria investigar o comportamento dessas companhias distribuidoras, o que efetivamente garantiria a efetiva redução nos preços aos postos e, por conseguinte, ao consumidor final, dentro do tempo esperado por todos.”

O Sindipetro informou ainda que, “no comércio ou em qualquer atividade empresarial privada, seja qual for o produto, o custo do estoque, o custo de reposição, a competitividade, a concorrência, a rentabilidade e a saúde financeira do negócio, têm relevância e são aspectos que influenciam diretamente as tomadas de decisões das empresas.” 

“Não podemos deixar de registrar que, no Brasil, os preços são livres em todos os elos da cadeia, mas as reduções só chegarão às bombas se antes chegarem aos postos, o último e o mais competitivo elo da cadeia de comercialização de combustíveis.”

Ainda de acordo com a nota, a entidade enfatizou que, há mais de 30 anos, o mercado de combustíveis no Brasil foi desregulamentado e funciona livremente em todos os elos de comercialização, desde a produção e importação, até a bomba do posto, passando pela distribuição e transporte. “Mas o governo parece que não entende isso e sempre que pode, aponta os dedos à revenda, o elo mais competitivo, imputando aos postos a responsabilidade dos efeitos mercadológicos inerentes à atividade.”

“O Sindipetro está vigilante e verificando junto aos postos o compasso das reduções que as distribuidoras precisam e devem fazer, inclusive encaminhando, se for o caso, expediente de providências aos órgãos fiscalizadores, no sentido de garantir que as reduções cheguem aos consumidores.”

Fábio Cardoso