Novas tendências do turismo abrem espaço para experiências autênticas e significativas

Cotidiano

O Turismo de Tendência foi o tema de palestras durante o último dia do Salão Nacional do Turismo, em Brasília (DF). Com a crescente procura de visitantes por experiências diferenciadas na área, o setor turístico tem se adaptado e vem descobrindo novos modelos para valorizar e fortalecer as culturas locais.

A busca por vivências autênticas impulsiona o turismo de imersão, onde é possível se envolver com comunidades locais, conhecer suas tradições e participar de atividades únicas. “Comunidades indígenas e quilombolas, por exemplo, oferecem oportunidades dessas interações culturais, e nós mostramos isso no Projeto Experiências do Brasil Original”, explicou o professor Osiris Marques, da Universidade Federal Fluminense (UFF), um dos palestrantes.

Diversos fatores influenciam as novas tendências do turismo no Brasil, incluindo mudanças sociais, avanços tecnológicos, preocupações ambientais e a busca por experiências significativas. Um exemplo disso é o afroturismo, onde há a valorização da cultura negra e a exposição de suas raízes, como forma de resgatar as tradições de comunidades locais.

“É um turismo que envolve comunidades representativas dos processos imigratórios europeus, asiáticos e comunidades indígenas, comunidades quilombolas e outros grupos sociais, que preservam esses saberes, esses fazeres de uma comunidade local que traz história, que traz cultura”, destacou Marlene Novaes, consultora em turismo e integrantes do Conselho Nacional de Turismo (CNT), também presente.

As tendências do setor turístico não param por aí. No pós-pandemia, o turista busca novos atrativos, por meio do turismo regenerativo, do turismo urbano, das viagens com propósito, do etnoturismo e do turismo de experiência, que envolve gastronomia e cultura, entre outros seguimentos.

Além da palestra do professor Osiris Marques, houve apresentações de Solange Barbosa, sobre afroturismo; de Karol Macuxi, a respeito de etnoturismo, e de Tânia Neres, que apresentou a estratégia de promoção de segmentos do tipo no exterior pela Embratur em 2024.

Salão – Retomado após 12 anos, o Salão Nacional do Turismo, que tem entrada gratuita e espera receber cerca de 20 mil pessoas, ocupa um espaço de 26 mil m² na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília (DF) abrangendo cinco grandes eixos: Turismo de Natureza, Turismo Rural, Sol e Praia, Turismo Cultural e Turismo de Tendências. A feira também proporciona ao público conferir várias palestras e debates sobre assuntos relacionados à atividade turística, além de atrações culturais, gastronômicos e musicais.

Promovida pelo Ministério do Turismo em parceria com a Secretaria de Turismo do Distrito Federal, a Embratur, o Banco do Brasil, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o SESC, o SENAC e o Sebrae Nacional, a 7ª edição do Salão conta com a exposição de diversos segmentos da produção associada ao setor, a exemplo da culinária, do artesanato, da agricultura familiar e de manifestações artísticas, entre outras.

Assessoria de imprensa