O Carnaval acabou e milhões de pessoas foram as ruas em várias cidades do Brasil. Junto com as festas, toda a cadeia turística se movimentou, aquecendo setores de hotéis, bares, restaurantes e viagens, gerando emprego e renda e turbinando a economia nacional.
Em Recife (PE), mais de 3,4 milhões de foliões brincaram o Carnaval, produzindo receitas de R$ 2,4 bilhões e a criação de 57 mil postos de trabalho temporários. De acordo com o balanço divulgado pela prefeitura da cidade, o público deste ano cresceu 20% em relação a 2023. Para receber o grande volume de turistas que chegaram à cidade, a rede hoteleira ocupou 96% de suas vagas no período entre 9 e 13 de fevereiro, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE).
Na vizinha Olinda (PE), o Carnaval atraiu mais de 4 milhões de foliões que circularam pelas ladeiras da cidade. Segundo a prefeitura, foram R$ 400 milhões girando na economia e 35 mil postos de trabalho. A taxa de ocupação dos hotéis ficou em 99%, com uma ampliação de 10% na oferta de leitos em relação ao mesmo período de 2023.
O Carnaval baiano não ficou atrás e o estado registrou resultados históricos. Cerca de 3 milhões de visitantes circularam em Salvador e em quase 90 cidades do interior onde a festa aconteceu. Foi um recorde de R$ 6,6 bilhões na economia, conforme estimativas da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). A rede hoteleira teve ocupação entre 95% e 100%, enquanto o aeroporto da capital baiana recebeu 26% a mais de voos, em comparação com o mesmo período do ano passado. Vindos pelo mar, 18 mil foliões desceram no porto de Salvador, onde atracaram três navios de cruzeiro.
No Rio Janeiro, 7 milhões de pessoas lotaram as ruas da cidade e o incremento econômico alcançou R$ 5 bilhões, de acordo com o estudo “Carnaval de Dados”, feito pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a Riotur e o Instituto João Goulart. Durante esse período, os hoteis da capital tiveram 87% de ocupação. E chegou gente por terra, ar e mar: só no Píer Mauá, o movimento foi de 30 mil turistas, nacionais e estrangeiros, trazidos em sete navios no período.
Se consagrando como destino carnavalesco, Minas Gerais teve 12 milhões de foliões, sendo 6,5 milhões no interior e 5,5 milhões em Belo Horizonte. A festa movimentou cerca de R$ 4,7 bilhões. Os números mostram o crescimento descentralizado da folia, além do registro de alta de 9% em relação ao ano passado. Durante o período, também foram criadas 100 mil novas vagas temporárias de trabalho no estado.
Na capital paulista, o Sambódromo do Anhembi ficou lotado nos desfiles. Na noite de sexta (9) e na madrugada de sábado (10), recebeu 45.738 foliões e, de sábado para domingo (11), 48.510 pessoas passaram pelo local, segundo a Liga Independente das Escolas de Samba. Do público presente, 32,5% era formado por pessoas de fora da cidade de São Paulo, sendo 17,6% da região metropolitana, 11,5% do interior, 2,7% de outros estados e 0,7% de estrangeiros. Os paulistanos totalizaram 67,5% do público.
“O turismo no Brasil voltou com força total, e o sucesso do Carnaval em vários locais do país é o prenúncio do que o ano de 2024 reserva para o setor. Mais de 49 milhões de foliões curtiram o período carnavalesco, e a CNC previu uma movimentação de R$ 9 bilhões com as festas do período. Estamos falando de um importante impacto nas economias locais, que se traduz na geração de emprego e renda para a nossa população”, comemorou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Longe dos festejos, Foz do Iguaçu (PR) também teve boa movimentação. Mais de 42 mil visitantes estiveram nas Cataratas do Iguaçu entre 9 e 14 de fevereiro, um aumento de 3% em relação ao ano anterior.
ECOFOLIA – Para inclusão social o lixo se transforma e promove a geração de emprego e renda durante as festas de Carnaval. Toneladas de materiais recicláveis são coletados por catadores que se beneficiam na cadeia produtiva gerada pelo turismo nas festividades.
Apenas em Salvador (BA) nada menos que 174,8 toneladas de material reciclável foram recolhidos, entre latinhas e garrafas plásticas. Essa quantidade gerou renda aproximada de R$580 mil, distribuídos entre os 2.437 catadores e catadoras atuantes na folia.
Em Olinda (PE) o lixo também virou renda para 350 catadores que tiraram das ruas latinhas, plástico e papelão. Ao todo, foram 53 toneladas de materiais recicláveis recolhidos. De acordo com a prefeitura local, aproximadamente de 5 milhões de latinhas foram recolhidas. O quilo do material foi vendido por cerca de R$ 3,20. O lucro médio dos catadores atingiu a casa de R$ 500. Alguns, no entanto, chegaram a faturar R$ 1 mil, no período carnavalesco.
Assessoria de Comunicação MTur