Uma força-tarefa federal foi montada, em reunião em Brasília (DF), para regularizar píeres que recebem escalas de navios transatlânticos no Brasil. A temporada de cruzeiros no País começa em novembro e deve contar com cerca de 350 mil cruzeiristas nas rotas de pelo menos 7 navios que trafegarão pela costa brasileira.
De acordo com o presidente da CLIA Brasil (Associação Brasileira das Empresas de Cruzeiros Marítimos), Marco Ferraz, o segmento de cruzeiros passa por uma redução significativa de navios, rotas e cruzeiristas, o que caracteriza uma séria perda de competitividade no setor. “Hoje geramos 25 mil empregos, mas poderiam ser 60 mil. A burocracia e a falta de regularização vêm promovendo a desistência das operações de vários navios que antes faziam rotas pelo Brasil e hoje já escolhem outros países para navegar”, relatou.
Dados apontam que 80% dos cruzeiristas não conhecem o destino da escala, o que representa uma grande oportunidade para o turismo das cidades. Com a falta de regularização de píeres que recebem transatlânticos de grande porte, porém, a insegurança jurídica assusta operadores privados da atividade.
Para vencer a burocracia, o setor se uniu e vai retomar as atividades do Grupo de Turismo Náutico, que terá a legalização de pendências de operação de píeres como pauta inicial de trabalho.