Com a inclusão da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul (AC), do guaraná de Maués (AM), do queijo de Colônia Witmarsum (PR), das amêndoas de cacau da região do Sul da Bahia e do socol de Venda Nova do Imigrante (ES), o Mapa das Indicações Geográficas do Brasil passa a contar com 58 certificações. O projeto é fruto de uma parceria do IBGE com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
As Indicações Geográficas são selos que identificam a origem de produtos ou serviços característicos de determinada localidade. Isso permite aos consumidores ter informações confiáveis sobre a qualidade e a autenticidade daquilo que estão adquirindo.
A origem e características dos novos produtos certificados
A fabricação da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul, no Acre, é uma atividade familiar. Passada por gerações e feita de forma comunitária, a farinha é reconhecida por sua qualidade, crocância, granulometria uniforme, torra e sabor característico.
O guaraná de Maués, da Amazônia, também tem uma tradição antiga, sendo produzido inicialmente pelos indígenas. O produto apresenta alto teor de cafeína, entre 3% a 5%, o que faz os indígenas o chamarem de “elixir de longa vida”.
Outro produto certificado que tem uma tradição antiga é o socol de Venda Nova do Imigrante, Espírito Santo. Semelhante ao presunto, é feito a partir do lombo de porco e foi introduzido no Brasil por imigrantes italianos por volta da década de 1880.
O Sul da Bahia, um dos principais centros de produção de cacau, é outra região famosa pela qualidade de seus produtos. O índice de fermentação mínimo de 65%, o aroma natural livre de odores estranhos e o teor de umidade inferior a 8% são as principais características desse produto.
Já as 20 toneladas de queijo produzidas por mês em Colônia Witmarsum, Paraná, abastecem mercados em todo o todo o território nacional.
Site IBGE