Sábado (20), seis horas da manhã de um dia muito chuvoso, mas que começou com sol forte e muito calor, em João Pessoa. Após uma corrida de quase 10km, nada melhor do que descansar bebendo uma água de coco bem gelada em um dos muitos quiosques instalados na orla da Praia do Cabo Branco. Por apenas R$ 2, o coco estava na mão, bem geladinho.
Durante cerca de meia hora, me chamou a atenção o intenso movimento de pessoas – turistas e moradores da cidade – chegando e saindo com cocos nas mãos. Isso às seis horas da manhã.
Com 25 anos de labuta no quiosque – herança da mãe -, Seu Ednaldo abria os cocos um por um, intercalando um bom dia e algumas palavras com muitos clientes. “Sempre recebo grupos de bike aqui no quiosque. São fregueses antigos”, revela o comerciante.
Seu Ednaldo trabalha de domingo a domingo num ritmo acelerado no horário mais cedo do dia. À tarde fica mais calmo. Segundo contabilidade dele, são cerca de 600 cocos vendidos em média por dia. Isso mesmo, 600 cocos sendo abertos no dia. “Hoje (sábado) devo vender uns 800 cocos”, estimava, pelo movimento de turistas na cidade em razão do feriado de Semana Santa.
Os cocos, segundo ele, chegam da região litorânea da Paraíba mesmo, bem doces e com muita água.
O movimento do quiosque de Seu Ednaldo representa bem a importância da atividade turística na capital paraibana. Há quiosques de ponta a ponta da orla marítima, empregando dezenas de pessoas que não vivem no luxo da maioria de seus clientes, mas que sobrevivem com dignidade e de seus trabalhos, movimentando a cadeira turística, gerando a economia local.
Fábio Cardoso