easyJet poderá sofrer impacto se voltar a voar muito cedo, diz GlobalData

Aviação Mundo

A easyJet companhia aérea de baixo custo, com sede de Luton, no Reino Unido, anunciou que espera retomar 75% das rotas em agosto. Porém, para Rheanna Norris, analista associada da GlobalData, empresa líder em análise e dados, adverte que a companhia aérea poderá sofrer impacto se voltar a voar muito cedo.

“O período de quarentena de 14 dias no Reino Unido para qualquer viajante internacional que retorne fará com que os viajantes relutem em reservar voos em um futuro próximo, potencialmente arriscando os esforços da easyJet para aumentar significativamente a capacidade”, pontuou o executivo.

“Enquanto alguns destinos europeus estão se abrindo para os turistas neste verão, a confusão entre quem pode viajar e de qual país pode ser suficiente para desencorajar as férias de verão até o inverno deste ano ou até o verão de 2021. Os consumidores afetados pela recessão também podem voltar sua atenção para viagens domésticas mais baratas”.

O GlobalData prevê uma queda de 35% em todas as viagens internacionais feitas na Europa em 2020 em comparação a 2019, mostrando que a introdução de um cronograma significativamente melhorado até agosto pode ser muito cedo.

“A operação de voos da easyJet custará mais do que antes do surto de COVID-19, pois a limpeza completa de aeronaves, medidas de distanciamento social e o fornecimento de máscaras faciais obrigatórias incorrem em um custo que pode não ser adequadamente compensado pela receita feita a partir de vendas de cadeiras de verão”, afirmou.

“No entanto, a retomada dos voos é um ponto de partida para a easyJet, onde isso, juntamente com a venda de assentos, pode ajudar a instigar a demanda e aumentar a confiança nas viagens no verão de 2020.”

Redação