João Azevêdo afirma que precisa de todos e que “a fome não pode esperar, a sede não pode aguardar, o emprego tem que ressurgir!”

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O governador da Paraíba, João Azevêdo, foi diplomado pelo TRE – Tribunal Regional Eleitoral para mais um mandato de quatro anos, nesta segunda-feira (19). A solenidade de diplomação aconteceu no Teatro Pedra do Reino, no complexo do Centro de Convenções de João Pessoa. Antes da solenidade, o governador reeleito afirmou que os nomes do futuro secretariado só serão divulgados a partir de janeiro de 2023, após tomar posse. Por enquanto, disse, todos os atuais gestores, mesmo tendo enviado cartas de renúncia, deverão ser mantidos nos cargos e tocando o ritmo de trabalho do Governo. O vice-governador eleito, Lucas Ribeiro, também foi diplomado durante a solenidade.

No seu discurso de diplomação, João Azevêdo utilizou o tom apaziguador, enfatizando o momento difícil ao qual o Brasil passa, consequentemente a Paraíba, mas mantendo uma postura otimista, principalmente, por poder contar, a partir de 2023, com o apoio institucional do Governo Federal. O governador, assim como foi feito por Lula em sua diplomação, destacou a atuação do TRE, na Paraíba, e citou nominalmente o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pela coragem e determinação antes, durante e após o processo eleitoral, legitimando os eleitos pelos votos da maioria dos eleitores brasileiros.

O tom conciliador teve um caráter de recado para a oposição e a futura bancada na Assembleia Legislativa. Azevêdo afirmou que terá quatro anos para “revisitar o passado recente e projetá-lo aos dias que nos aguardam. Por isso, pelas urgências impostas, não devo neste instante debulhar números, índices e feitos de gestão. Nem, tampouco, defeitos de antagonistas. Precisamos de uma trégua na contenda, de tempos de paz e ativismo propositivo. O cenário é outro e está a exigir novas posturas e comportamentos.”

“Ao falar aos diplomados, representantes de um universo diversificado e múltiplo, devo fazê-lo em busca de pontos convergentes e aglutinadores, jogando ao limbo as discórdias, a tentação da soberba e a prática indigesta do personalismo político. O resultado das eleições já deu esse recado, na dosagem certa. Não há mais espaço para vencedores e vencidos”, enfatizou o governador reeleito.

De acordo com ele, “a Paraíba passa a ser um único ente, a partir de hoje, numa perene e produtiva harmonia entre Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Imprensa e Sociedade. Somos poderes integrados por princípios constitucionais, entrelaçados pela solidariedade das urgências.”

Para o governador reeleito, não há dúvidas sobre as urgências as quais a Paraíba precisa, de imediato. “A fome não pode esperar, a sede não pode aguardar, o emprego tem que ressurgir. Para todos e todas, de forma plena, no sentido amplo. Esta é a pauta que nos coloca em patamar equivalente. Devemos entender que ciclos foram concluídos, etapas foram cumpridas e dogmas foram quebrados. A população, atordoada entre fatos e boatos, decidiu alinhavar novas formas de pensar e atuar politicamente. Na hora certa ela vê, avalia, vai e vota. Livremente, sem deixar-se contaminar por mesquinharias, torpezas e espertezas.”

“Na condição de governador reconduzido ao cargo, responsável pelo comando executivo da Paraíba, conclamo as senhoras e senhores parlamentares, legítimos representantes das inúmeras regiões da Paraíba, a não deixarmos esmorecer a energia e os sonhos que nos impulsionaram até aqui. Juntemo-nos ao Poder Judiciário, Legislativo, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado e aos órgãos reguladores para que possamos, pelos próximos quatro anos, assegurar independência de ação e união de propósitos. A harmonia institucional – vimos isso acontecer – é essencial para o desenvolvimento do Estado. A ruptura – também vista, em outros níveis e épocas – corrói as estruturas e desmorona a sociedade.”

Fábio Cardoso