Roberto Dinamite, o Pelé dos vascaínos, morre aos 68 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um tumor no intestino

Cotidiano

Não estou comparando, mas morreu, neste domingo (09), no Rio de Janeiro, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, em especial, para os vascaínos. Roberto Dinamite morreu aos 68 anos de idade, vítima de um tumor no intestino ao qual vinha lutando desde o final de 2021. No sábado, o estado de saúde dele piorou e foi internado no Hospital da Unimed. 

Quando falo em comparações, para o vascaíno, talvez, Roberto Dinamite representou tanto quanto Pelé no Santos. O ex-atacante, camisa 10 como o Rei do Futebol, começou sua trajetória no time carioca aos 17 anos, fazendo uma história de 21 anos que ninguém pode alcançar. Ele foi o jogador que mais vestiu a camisa cruzmaltina, recorde absoluto. Foram 1.110 jogos, marcando 702 gols. Dinamite foi campeão brasileiro em 1974 e cinco vezes campeão carioca. O ex-atleta é o maior artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 190 gols. Ele jogou as Copas de 1978 e 1982.

O apelido Dinamite veio em novembro de 1971 quando, com 17 anos, marcou o primeiro gol do Vasco na vitória de 2 a 0 sobre o Internacional, no Maracanã. A manchete do Jornal dos Sports do dia seguinte foi a certidão de batismo: “Garoto-dinamite explodiu”.

O ex-atacante jogou no Barcelona, mas voltou logo por não ter se adaptado. No retorno, mais um feito histórico. Na partida da volta dele ao Vasco, Dinamite fez nada mais nada menos do que os cinco gols da vitória sobre o Corinthians, com mais de 100 mil torcedores no estádio. O placar final foi 5 a 2, um recorde de gol em uma única partida para a sua história.

Ao contrário de Pelé, Dinamite, após deixar os gramados, passou a ser cartola do Vasco, protagonizando momentos bons, porém, muitos ruins que chegaram até mesmo manchar um pouco de sua história no clube. Numa disputa política polêmica, foi eleito presidente em 2008 e logo teve que lidar com o primeiro rebaixamento da história do clube. No ano seguinte, a equipe conquistou o título da Série B do Brasileirão, e em 2011 alcançou o inédito título da Copa do Brasil. Em 2013, entretanto, o Vasco caiu novamente para a Segunda Divisão, e Roberto encerrou seu segundo mandato no ano seguinte.

Fábio Cardoso