Após momentos de êxtase pessoal durante os atos antidemocráticos praticados na tarde de domingo (08), quando milhares de terroristas e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios do Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, em Brasília, muitos deles agora tentam apagar as provas que eles mesmos criaram contra si e até mesmo procuram desmentir o indesmentível.
As imagens produzidas por eles são claras: estavam participando do movimento e agora estão à espera de prisão, julgamento e condenação, que pode chegar a 12 anos de prisão em regime fechado. Juristas já afirmaram que a maioria poderá responder por diversos crimes, que vão de atos terroristas, danos aos bens públicos e atentado à democracia, entre outros.
O movimento contra esses atos têm ganhado aliados em todo o Brasil e criado um clima de caças às bruxas, para que nenhum desses criminosos fique impune. No Jornal Nacional desta segunda-feira (09), uma reportagem mostrou um desses movimentos para identificar os terroristas, divulgando imagens, vídeos e nomes de alguns deles. Entre eles estava a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório.
A citação do nome e exposição de uma foto dela em rede nacional coincide com uma nota divulgada pela ex-esposa de Ricardo Coutinho, que governou a Paraíba por dois mandatos, de 2011 a 2019. No texto, ela afirma ter estado em Brasília durante os atentados apenas como jornalista independente para registrar aquela barbárie a qual chamou de manifestação democrática.
Antes de divulgar a nota cheia de contradições se comparadas com as imagens e os relatos que fez durante os atos terroristas, Pâmela Bório se preocupou em apagar esses registros e até mesmo a sua conta no Instagram. Há uma conta dela na rede social – @pamelaborioapoio – que afirma ser uma página política em apoio ao ativismo de @pamelaboriooficial (indisponível) que está em shadowman. “Participe do nosso grupo de WhatsApp! chat.whatsapp.com/E0ev8TIMfT15AzFhTdrBg1”.
Sobre a participação do filho dela com Ricardo Coutinho, que é menor de idade, ela disse que ele estava com amigos e parentes em um pet shopping da cidade. Há informações de que o ex-governador deve pedir a guarda do filho em definitivo. Os dois já tiveram embates na Justiça pela guarda da criança e a participação dela nos atentados e possíveis condenações podem abrir caminho para que ele consiga reverter decisão judicial que permitiu que Pâmela estivesse com o filho em Brasília.
Veja a reportagem completa, com seis minutos: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/09/publicacoes-feitas-pelos-proprios-terroristas-ajudam-na-identificacao-das-pessoas-que-participaram-dos-atos-golpistas-em-brasilia.ghtml
Fábio Cardoso