Ruth Avelino se despede da PBTUR e deixa um imenso legado de trabalho e lealdade ao Turismo da Paraíba

Destaque Fábio Cardoso Paraíba

A perpetuação nos cargos públicos sempre foi um tema muito polêmico e discutido, principalmente, em sistemas democráticos como o brasileiro. Mas, se esse ou aquele gestor público está contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento econômico dessa ou daquela região, daquele país, daquele Estado, daquele município? O que pensar? O que fazer?

Na semana que passou, o governador da Paraíba, João Azevêdo, deve ter tomado uma de suas decisões mais difíceis de sua nova e segunda gestão à frente do poder Executivo: trocar o comando da PBTUR (Empresa Paraibana de Turismo). Saiu a jornalista Ruth Avelino, entrou o turismólogo Ferdinando Lucena, ambos, com extensão folha de serviços prestados de forma comprometida com a gestão pública paraibana.

Ruth Avelino deixa o cargo, após 12 anos comandando a PBTUR, isso como presidente, porque já vinha desde 1991 – 32 anos – na empresa, na oportunidade, como assessora de imprensa. É muito tempo de serviços prestados à Paraíba, muita história para contar, muitos desafios enfrentados, muito jogo de cintura e, principalmente, a dureza de ter de dividir a vida profissional com o pessoal, essa, talvez, muitas vezes, tenha sido o seu maior desafio e, consequentemente, seu legado.

Não preciso aqui nominar conquistas durante todo esse tempo. Conheci Ruth Avelino ainda nos tempos dos bancos da Universidade Federal da Paraíba, quando fizemos o curso de Comunicação Social. Daí então, criamos laços de irmãos, sempre muito próximos dividindo alegrias (inúmeras), angústias (algumas) e trabalho (incontáveis) sempre com muita determinação e compromisso com a coisa pública.

Costumo dizer que somos dois ‘loucos’ pelo Turismo, pelo bem da Paraíba, apesar de não termos nascido aqui. Ruth é alagoana e eu sou paulistano. Já contamos quantos carros estavam estacionados no entorno dos hotéis para saber da ocupação; discutimos projetos quando nem imaginávamos estar diretamente ligados a eles como então; brincávamos com a Abrajet, associação até então importante e que, naquela época, pouco se mexia. Quem não se lembra da expressão “Abrajanta”. Ela saiu nessas conversas descontraídas e sem maldades.

Hoje, esse artigo estou falando dessa minha amiga e irmã, que está deixando a PBTUR com o coração partido, mas com o sentimento de dever super cumprido. As manifestações nesse sentido não me deixam mentir. Ruth está optando em se afastar um pouco desse moído turístico, como me confidenciou, e concordo. É um momento dela, para refletir, para repensar sobre a vida profissional e é preciso respeitar.

Ferdinando tem experiência de gestor público valorizada e reconhecida

Sobre Ferdinando Lucena, o governador, se pretendia mudar o comando da PBTUR, acertou em cheio, como já tinha feito o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que o levou para ser o secretário executivo da capital paraibana, Em pouco mais de dois anos, Lucena – que não é parente do prefeito – estabeleceu, ao lado do secretário Daniel Rodrigues, um ritmo de trabalho alucinante, porque a Paraíba não pode perder mais tempo no Turismo.

Esse ritmo certamente será mantido e até acelerado, porque a PBTUR tem ações muito mais amplas do que a Setur-JP, já que atua em todo o estado e os desafios agora são ampliados ao extremo, o que exigirá dele muitos projetos pela frente. Mas, quem conhece Ferdinando sabe que ele deve tirar isso de letra. 

Conheço Ferdinando de longa data também. Já trabalhamos juntos no Convention Bureau de João Pessoa, a convite dele; estivemos juntos na Secretaria de Turismo, sempre implantando uma sintonia de pensamentos e de ações; e agora na PBTUR, onde começará a pontuar o seu DNA administrativo serão novos tempos e novos projetos a serem desenvolvidos.

Voltando ao tema perpetuação, Ruth deixa a PBTUR muito forte, reconhecida pelo trade turístico nacional. E Ferdinando assume com o compromisso de ampliar esse reconhecimento. O trabalho não será fácil, mas não faltará competência, dedicação e muito trabalho.

Fábio Cardoso