Brasileiros revelam “destinos dos sonhos” para 2023

Brasil

Nem falta de tempo, nem somente o dinheiro: para boa parte dos brasileiros, um dos grandes motivos para não conhecer uma nova cultura em 2023 tem outro nome  “falta de planejamento”. Ao que tudo indica, a dificuldade de se organizar têm sido um vilão constante na vida das pessoas, já que, das viagens internacionais à aprendizagem de uma segunda língua, a resposta aparece, senão como o principal, entre os maiores empecilhos quando o assunto é colocar tais planos em prática no novo ano.

A constatação faz parte de um levantamento da plataforma de ensino Preply, em que usuários de todo o Brasil puderam compartilhar os países que mais gostariam de conhecer nos próximos doze meses, de que forma enxergam a vida no exterior e quais os idiomas dos sonhos para cada um. Os respondentes também foram questionados em relação aos possíveis obstáculos e desafios que envolvem um passeio para fora, bem como o investimento em um novo idioma em 2023.

Estados Unidos, Itália e França são os “destinos dos sonhos”

Como demonstrado pelos entrevistados, não há dúvidas de que o sonho americano permanece presente no imaginário dos brasileiros. Isso porque, de todos os países, os Estados Unidos (30,14%) seguem como o destino mais visado pela maioria das pessoas, possivelmente um reflexo da influência cultural estadunidense por aqui  seja por meio do cinema, da música ou das redes sociais.

O interesse não é isolado, pois vai ao encontro dos recordes turísticos e imigratórios alcançados pelo país nos últimos tempos. Vale lembrar que, apenas em maio do ano passado, dados da Embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Brasil registraram a maior emissão mensal de vistos para brasileiros em seis anos, segundo o escritório de advocacia AG Immigration. A quantidade anual de profissionais que deixaram nosso país para se mudarem para os EUA, de acordo com a companhia, também foi a maior da história em 2022.

De todo modo, mesmo que o topo da lista seja encabeçado por um país norte-americano, dois representantes europeus complementam o pódio dos destinos favoritos da população nacional. Um deles é a Itália (11,57%), que figura na segunda posição e costuma atrair quem aprecia aventuras culturais e gastronômicas. Já a França (8,71%) ocupa o terceiro lugar, o que reforça o charme do maior ponto turístico do planeta segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT).

Afinal, que idioma aprender em 2023?

Viajar para fora sem dominar o idioma local está longe de ser impossível, mas certamente pode impactar a experiência como turista. Nessas horas, saber pelo menos o básico é capaz de garantir que os viajantes consigam se comunicar no momento de solicitar uma informação, tirar certas dúvidas ou até mesmo pedir a comida. Talvez seja por essa razão, aliás, que muitos dos que sinalizaram interesse em visitar o exterior este ano também declararam querer aprender uma nova língua em 2023.

De maneira geral, o ranking com os idiomas que mais chamam atenção dos brasileiros no ano que se inicia segue uma lógica similar à dos destinos mais procurados, com o top 3 formado pelo inglês (65,14%), espanhol, língua oficial de 21 países e a segunda mais falada nos EUA (12%), e francês (7,71%), respectivamente. O idioma italiano (6%) aparece logo em seguida, na quarta posição.

Quando se organizar é o verdadeiro problema

Tão comuns quanto traçar um plano são os diversos impedimentos para que ele não se concretize. Mas, afinal, o que de fato impediria os brasileiros de realizarem a tão sonhada viagem internacional em 2023? Como imaginado, o motivo mais escolhido pelos respondentes é a falta de recursos financeiros (79,62%), seguida pela falta de planejamento (28%), imprevistos pessoais e profissionais (22,75%) e possíveis questões de saúde (9%).

Entretanto, não é sempre que a falta de dinheiro surge como a queixa principal diante do alcance de uma meta. A maior justificativa para os entrevistados não se dedicarem a um novo idioma, por exemplo, está ligada a problemas na área da organização e autodisciplina (51,33%). Só depois são apontadas as questões financeiras (43,51%), dificuldades de aprendizagem (22,71%) e falta de companhia (21,53%).

“Como muitas dessas queixas costumam estar relacionadas à falta de tempo livre e à rigidez das aulas presenciais, o aprendizado remoto pode ser uma ótima opção para quem precisa de uma força a mais para começar a estudar”, comenta Yolanda Del Peso, especialista em Outreach da Preply. “Vale lembrar que, na modalidade à distância, o aluno não precisa se deslocar para assistir suas aulas e participa de onde estiver, sem necessariamente perder o contato com outros colegas.”

Metodologia

O levantamento consistiu em perguntas compartilhadas com 700 brasileiros acima de 16 anos  de todas as regiões e perfis socioeconômicos – conectados à Internet entre 12 e 19 de dezembro de 2022. No geral, as questões giraram em torno de desejos relacionados ao turismo ou a relação com outras línguas em 2023. O índice de confiabilidade foi de 95% e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.

Assessoria de imprensa