Museu de Arqueologia de Pilões passa a ser novo atrativo turístico científico da Paraíba

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A cidade de Pilões, na região do Brejo da Paraíba, ganhou, na noite de segunda-feira (10), o Museu de Arqueologia, que abriga uma coleção com mais de 200 peças arqueológicas e 22 conjuntos funerários dos povos Tupiguarani e Aratu, encontrados no solo próximo à subestação da cidade. A solenidade de inauguração aconteceu no mesmo dia da abertura da programação da Rota Cultural Caminhos do Frio. O Museu terá como diretor Juvandi Sousa, coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba.

A prefeita de Pilões, Socorro Brilhante, destacou a importância do Museu para a história da cidade e, sobretudo, para a economia da região, já que acredita que o novo equipamento passará a ser visitado por mais turistas e cientistas em busca de informações sobre a arqueologia e a história da Paraíba. Ela enalteceu a parceria do governo municipal com o setor privado e acadêmico na construção do museu, projeto que estava parado há mais de 10 anos por uma série de circunstâncias que foram resolvidas com diálogo. 

De acordo com Emanoel Braga, superintendente do IPHAN –  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, na Paraíba, mais do que um museu o equipamento será um centro de referências culturais de tradições artísticas, espaço multifacetado que, inclusive, abrirá espaço temporário para exposições de obras de artistas locais. como Tiago Almeida, que trabalha com grafismo, e “que já nasce com essa sintonia, com essa grande parceria dos poderes públicos e das entidades privadas envolvidas para fazer com que esse projeto se consolide cada vez mais e que a população seja convidada e participe desse movimento”.

Emanoel Braga afirmou que a população tem se mobilizado de forma positiva para tornar o museu nessa referência histórica de Pilões. “A população quer participar do museu levando objetos para lá”. Ele disse que tem sido abordado pelas pessoas, que afirmam ter objetos antigos, como moedas, pedaços de pedras, querendo que façam parte do material em exposição no museu. “A população está com um sentimento de pertencimento e isso é fundamental para a preservação não apenas do museu, mas para a história da cidade”.

Os artefatos encontrados são da tradição aratu em sua maioria e, segundo Braga, eram tradicionais de cerâmicas, material que está muito bem preservado. “Na cidade é possível falar de um complexo de sítios arqueológicos de outras ordens, de arte rupestre, de outras urnas e objetos. Essa área de ocupação, assim como a Zona da Mata e o Litoral da Paraíba, são muito antigas e por onde vários povos circularam por aqui”.

O Museu de Arqueologia funciona no antigo prédio do Mercado Público da cidade, cedido pela Prefeitura, e reformado pela Companhia em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e outras entidades, para servir como local de abrigo do novo Museu. As peças foram descobertas durante as escavações para a construção da subestação de Pilões em 2009, revelando a existência de um sítio-cemitério pré-histórico indígena.

Fábio Cardoso – Turismo em Foco viajou a convite da PBTUR