Corpo do empresário Geraldo Espínola é cremado e cinzas serão jogadas no Engenho Baixa Verde

Cotidiano

Foi cremado no começo da tarde desta quinta-feira (31) o corpo do empresário Geraldo Espínola, proprietário e gestor do Engenho Baixa Verde, em Serraria, região do Brejo da Paraíba. Ele morreu, nesta quarta-feira , aos 58 anos de idade, vítima de um câncer descoberto há pouco mais de um ano e meio. O engenho, um dos roteiros turísticos mais procurados por turistas e paraibanos, estará fechado no próximo fim de semana (dias 1°, 2 e 3 de setembro). Muitos familiares e amigos foram ao velório ocorrido no Parque das Acácias, em João Pessoa. As cinzas serão jogadas no engenho, ainda sem data para a cerimônia.

As filhas do empresário, Maria Tereza Medeiros Espínola, Maria Luiza Guerra e Maria Júlia Medeiros Espínola, lamentaram a morte do pai em depoimentos publicados em suas redes sociais. Uma delas, Maria Júlia, agradeceu ao pai pelos ensinamentos de vida. “Obrigada por me ensinar a amar tanto no sofrimento, paizinho. Sua vida me ensinou que há Graça até no sofrimento. Te amo tanto! Até o céu…”, escreveu.

Para a prima do empresário, Rossana Carvalho, em entrevista ao Jornal A União, Geraldo Espínola puxou o amor ao engenho e tão bem cuidou até seus últimos dias. “Um rapaz jovem, que fez dali uma continuação de uma tradição com muito amor e afinco. Religioso, apaixonado pela família, paixão de sua mãe Salete, em nenhum momento, por mais difícil que fosse, deixou de segurar a mão de Deus. Vai deixar saudades, pelo seu jeito íntegro e amoroso de ser. Fará falta. Dia triste para a família e amigos. Vá em paz meu primo!”, homenageou. 

Elizabeth Espínola, prima do empresário, afirmou em sua conta no Instagram que ainda acreditava que Deus podia fazer um milagre na vida dele. “Eu acreditei que Deus podia fazer um milagre na sua vida meu primo. Vou me lembrar sempre de você no engenho, que era sua grande paixão, como também a de tio Geraldo”, comentou. 

O jornalista Wellington Farias, natural de Serraria, também lamentou a morte do empresário. “Lamento profundamente – e acho que todo serrariense também – a morte do empresário Geraldinho Espinola. Geraldinho era proprietário do Engenho Baixa Verde, na zona rural de Serraria. Ele e a família têm extensa folha de serviços prestados ao nosso município. Que Deus conforte a sua família e o acolha no melhor lugar”, postou em sua conta no Instagram.

Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba

Localizado no interior do município de Serraria, o Engenho Baixa Verde foi construído e pertence à família Espínola desde 1883. Foi lá que o crítico de arte, poeta, artista plástico, ativista cultural e ecologista, Hermano José, nasceu e teve seu primeiro contato com a arte que, mais tarde, eternizaria seu nome na História paraibana.

Devido à sua importância histórica, o Engenho Baixa Verde foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba nos anos 1980, mas foi apenas nas mãos de Geraldo que o centenário pôde ser desbravado através de uma experiência turística inovadora, categorizada por muitos como “transformadora” em função do conservado acervo arquitetônico colonial presente no espaço.

Fábio Cardoso, com Jornal A União