A estátua de Iemanjá – orixá cultuada nas religiões do candomblé e da umbanda – localizada na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, teve a sua cabeça e mãos recuperadas. O trabalho teria sido realizado por dois artesãos de Picuí (PB) contratados por uma pessoa que estaria pagando uma promessa, conforme o Pai Beto, presidente da Federação Cultural Paraibana de Umbanda Candomblé e Jurema.
Desde 2016 as entidades ligadas aos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana travam uma luta para a recuperação do monumento, que teve cabeça e mãos decepados e até hoje não se sabe por quem e qual teria sido o real motivo. Mesmo com a recuperação, segundo Pai Beto, a reivindicação de promover reconfecção da imagem e translocação para o Largo da Gameleira continua.
Nesta segunda-feira (26), o secretário de Secretário Executivo da Participação Popular, Thiago Diniz, afirmou, por meio de um vídeo, que soube por terceiros da recuperação da imagem e fez questão de deixar claro que o projeto de Prefeitura de João Pessoa de requalificar a estátua está mantido e no aguardo de abertura do processo de licitação.
No vídeo, o secretário confirmou que dois artesãos teriam feito o trabalho de recuperação, informação esta obtida por meio de contatos com funcionários de uma obra que está sendo realizada pela prefeitura na requalificação da calçada no final da praia do Cabo Branco.
“A prefeitura esclareceu a restauração da imagem de Iemanjá, e afirmou que a luta do povo de terreiro pela relocação e nova imagem está assegurada em processo licitatório”, afirmou Pai Beto.
Fábio Cardoso