O diretor do Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, na Região Metropolitana de João Pessoa, Jorge Odir, revelou que a Aena Brasil – empresa espanhola que administra o equipamento – já está estudando um projeto de nova intervenção no aeroporto, tendo em vista o crescimento de demanda de voos e passageiros.
A informação aconteceu durante entrevista dele à rádio CBN de João Pessoa, nesta segunda-feira (12), cinco dias após solenidade de inauguração da nova estrutura do aeroporto. De acordo com o executivo, esse estudo está sendo feito para que a Aena não seja pega de surpresa. Conforme dados da movimentação de passageiros, em 2023, mais de 1,4 milhão de pessoas cruzaram os portões do Castro Pinto embarcando e desembarcando. Em três anos, houve um crescimento superior a 400 mil passageiros passando pelo aeroporto.
Em 2021, em relação a 2022, o aeroporto paraibano atendeu 1.032.908 passageiros (alta de 36,4%). Em 2022, em relação a 2021, esse crescimento foi de 19,2%, com passagem de 1.231.689 passageiros De 2022 para 2023 esse crescimento foi de 16,2% – com passagem de 1.431.433 pessoas pelos portões de embarque e desembarque. Com a ampliação da estrutura, o Castro Pinto pode atender pouco mais de dois milhões de passageiros.
Jorge Odir disse que o aumento da demanda de voos para João Pessoa tem sido bastante positiva e reflete esse aumento de passageiros. Em dezembro de 2023, enfatizou, o aeroporto bateu recorde histórico com 50 voos em um único dia. O movimento passou de 20 a 25 voos por dia para 30, um crescimento que deve ser ampliado durante os próximos feridos prolongados, já que as companhias aéreas já anunciaram incremento de voos extras para a Semana Santa e o Dia do Trabalho.
Sobre voos para novos destinos a exemplo de Fortaleza (CE), o diretor da Aena disse que, por enquanto, não há nenhuma perspectiva. De acordo com ele, qualquer nova operação passa por demanda que é detectada pelas companhias aéreas e que são negociadas, inclusive, com o Governo do Estado. “Por enquanto não existe essa possibilidade”, afirmou Jorge Odir.
Um ponto questionado por um ouvinte foi a criação de uma área de ponto de espera para motoristas de aplicativos. O diretor da Aena explicou que a área interna do aeroporto é da iniciativa privada e que é necessário negociar comercialmente com ela, assim como é feito em outras áreas para instalação de comércio, tudo de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Ele disse que manteve uma reunião com o sindicato da categoria, “bastante produtiva”, e que a Aena estaria à disposição para ajudar nessa demanda.
Sobre a nova estrutura do aeroporto, o executivo reforçou que houve um crescimento de 80% na capacidade de operações, com a criação de mais cinco posições para as aeronaves, entre elas duas pontes de embarques (fingers). Houve um incremento de 60% de possibilidade de atendimento de voos. Destacou ainda a criação de uma sala vip, uma reivindicação antiga, e que tem capacidade de atender até 45 pessoas.
Fábio Cardoso