À medida que avança rumo à Flórida, deixando um rastro de destruição por várias ilhas no Caribe, o furacão Irma já é o primeiro da história a manter por mais de 24 horas ventos de cerca de 297 km/h. Até a noite desta quinta-feira (07) as informações são de que 11 pessoas já haviam morrido.
Em Miami o clima na cidade é tenso, mas não há desespero, como afirmou o paraibano Márgyu Dalmon, que deixou a cidade nesta quinta junto com o amigo Ricardo Alexandre, que mora há 12 anos na Austrália. Os dois combinaram passar o aniversário de Ricardo em Miami, onde estavam desde o dia 30 de agosto. “Deu errado”, afirmou Márgyu para o Turismo em Foco.
De acordo com o paraibano, logo no começo da manhã todas as pessoas que estavam em hotéis ou não estavam sendo informadas de que deveriam deixar a cidade imediatamente, pois o furacão estaria se aproximando. “Saindo da cidade, todos fora dos hotéis com as malas, quem ficou estava indo para abrigos, quem não estavam teria que ir embora”, revelou.
O paraibano disse que os estacionados e pedágios ficaram livres, sem pagamento de taxas, por decisão do Governo, que mandou liberar todos. “Indo para Orlando, rodovia alternava entre tranquila e muitos congestionamentos. A grande maioria saiu ontem (quarta-feira). Parece uma cidade de zumbis”, apontou. Foram mais de sete horas de viagem entre Miami e Orlando (são 378 quilômetros).
Durante esse percurso, Márgyu fez pequenos relatos em vídeos para a reportagem, mostrando o clima e a corrida das pessoas na rodovia para fugir do furacão. Em um determinado local, em um posto de combustível, o paraibano mostrou o céu já com nuvens completamente carregadas, uma cena sinistra.
De acordo com o portal BBC Brasil, o Irma também o mais forte furacão no Atlântico em termos de ventos máximos sustentados desde o Wilma, de 2005, que passou por México, Haiti, Cuba e Flórida. Comparar furacões não é tarefa fácil, pois eles podem ter graus diferentes em parâmetros distintos, como velocidade de vento, duração, diâmetro da área de atuação da circulação ciclônica, distância percorrida e destruição causada. O Irma chegou à categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson, que mede os furacões pela intensidade dos ventos e seu potencial de destruição.
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Fábio Cardoso, com colaboração de Beth Ribeiro