Empresas de ônibus de Campina Grande querem reajustar em R$ 0,48 as passagens

Cotidiano

As empresas de ônibus de Campina Grande pediram à Superintendência de Transportes Municipal a antecipação da discussão sobre o aumento das passagens, que normalmente ocorre em janeiro de cada ano. Os empresários querem aumentar em R$ 0,48 a tarifa – que atualmente custa R$ 3,30 – passando para R$ 3,78 (arredondando ficaria em R$ 3,70).

A pressa é resultado da ação pública movida pelo Ministério Público do Trabalho, que determinou o retorno dos cobradores nos ônibus. Caso não cumpram a decisão, as empresas serão multadas em R$ 1 milhão. O MPT entende que os motoristas não podem ter dupla função.

Segundo o superintendente de Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande, Félix Araújo Neto, só os custos do cobrador onerariam a passagem em R$ 0,48, fora os outros fatores que influenciam no preço final, como o valor do combustível por exemplo.

O Sitrans disse que as empresas devem apelar para instâncias superiores, até porque a ausência de cobradores já é realidade em outras cidades do Brasil e não há uma decisão unânime sobre o assunto.

Caso a decisão seja mantida, Félix defende que seja adotada a tecnologia da bilhetagem eletrônica para onerar menos o consumidor. Ele admitiu, no entanto, que tal mudança irá requerer um bom trabalho de logística, pois os passageiros ocasionais, que não costumam usar o transporte público com muita frequência, assim como os turistas, poderiam ter dificuldade por não possuir o bilhete eletrônico. “Teríamos que aumentar os pontos de venda”, ponderou.

Fábio Cardoso e Bárbara Wanderley

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