Cruzeiros marítimos têm terceiro crescimento consecutivo e mira investimento no Nordeste

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O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, revelou que o setor de cruzeiros marítimos no Brasil terá um crescimento de 6% na temporada 2019/2020 ante a temporada passada, em relação a oferta de leitos, com mais um navio – MSC Sinfonia -, com cruzeiros retornando ao Sul do país fazendo um circular entre Itajaí (SC), Santos (SP), Buenos Aires (Argentina) e Montevideo (Uruguai), com um incremento de mais de 30 mil leitos. “São grandes navios e a estimativa é de fechar a temporada com mais de 492 mil cruzeiristas”.

Ferraz afirmou que esse será o terceiro ano consecutivo de crescimento, o que mostra uma consolidação do setor no Brasil. O executivo antecipou com exclusividade, que na temporada 2020/2021 a costa brasileira receberá mais dois navios, o Grandioza da MSC – que ainda nem foi inaugurado -, e Luminosa, da Costa Cruzeiros, o que representará um crescimento entre 12% a 14% no número de leitos ofertados.

Nesse processo, Ferraz disse que o Nordeste está no radar das armadoras e que uma das associadas da Clia Brasil fará um teste para sentir o mercado e ver a possibilidade de colocar um navio na região. “A CVC vai operar mini-cruzeiros entre Salvador e Recife, na chegada dos navios, o que pode ampliar a oferta para outros portos do Nordeste, a exemplo do Porto de Cabedelo, na Paraíba”, revelou o executivo. “O Nordeste sempre está na nossa agenda”, disse.

Os preços praticados pelas armadoras são um diferencial em razão do custo benefício, na opinião do presidente da Clia Brasil. “São preços atrativos e favoráveis, pois incluem hospedagem, alimentação e transporte, e ainda o cliente pode pagar parcelado”, pontuou.

Ferraz destacou a importância dos agentes de viagens, que ‘são os nossos maiores parceiros das empresas, com 90% nas vendas’. “Eles estão se capacitando, se especializando, crescendo nas vendas e podem passar para os seus clientes as vantagens de fazer um cruzeiro”, disse.

O início da operação das companhias aéreas low cost podem ajundar no crescimento das vendas de cruzeiros no Brasil, na opinião de Ferraz. “Quando se tenta atrair um navio dos Estados Unidos para ficar no Nordeste, ele vem sempre com dois mil ou três mil passageiros. Precisamos do público local, mas também da vinda de americanos, de canadenses, de europeus, e quanto mais empresas low cost, maior será a competição e melhor para os navios de cruzeiros, Os americanos não precisam mais de visto, eles correspondem a mais de 40% dos cruzeiristas mundiais, vão para o Caribe, que fica a três horas do Nordeste. É preciso investir nisso”, disse.

Fábio Cardoso