Hotéis suspendem atividades em Campina Grande e São João será um botão start para retomada econômica

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Com uma queda superior a 90% do fluxo de hóspedes, vários equipamentos hoteleiros de Campina Grande decidiram paralisar as atividades até o fim da pandemia do Covid-19. A rede hoteleira da cidade conta com cerca de 3,2 mil leitos, com 15 hotéis registrados oficialmente com CNPJ. Com a abertura de novos hotéis no final do ano, esse número deve ter tido um acréscimo de 500 leitos. Somado com o setor de bares e restaurantes, mais de 3,2 mil pessoas trabalham no segmento com carteira assinada.

O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Campina Grande, Divaildo Junior, afirmou que não existe uma orientação da entidade para que os equipamentos paralisem as suas atividades. A medida é uma decisão de cada empresário. Porém, ele admite que a situação é muito delicada e que a hotelaria atualmente sobrevive apenas do setor corporativo e com números bastante pequenos. “Não há fluxo de turistas na cidade”, disse o executivo.

As medidas de isolamento social, que provocaram o cancelamento de mais de 70 eventos que seriam realizados em Campina Grande e a mudança de datas do Maior São João do Mundo – transferido para outubro/novembro – derrubaram na mesma proporção a estimativa de receita do setor hoteleiro. Junior enfatizou que o número de reservas para o período junino já não vinha sendo sentida como no ano passado. “Geralmente começávamos a sentir uma procura maior após o Carnaval, mas, tradicionalmente, esse volume cresce mesmo depois da Quaresma”, disse.

A mudança de data do Maior São João do Mundo foi analisada como muito positiva pelo empresário. “No cenário de crise, Campina Grande deve fazer um evento o mais rápido possível e o São João será o botão de start na economia da cidade, dando certo ou não, trazendo um novo ânimo para mexer com o sentimento do povo, para dar esperança a todos”, afirmou Junior. “Com o prefeito estabelecendo uma data, foi perfeito, também, pelo efeito psicológico.”

Fábio Cardoso