Governo tenta barrar golpistas e BC não garante que benefício abata débitos nas contas

Brasil

O início do cadastramento para que as pessoas possam receber os R$ 600 referentes ao chamado ‘coronavoucher’ também tem mobilizado os tradicionais fraudadores. Como a maioria das pessoas não têm familiaridade com esse tipo de transação – cadastro na internet para receber o dinheiro – se torna uma vítima fácil para os golpistas.

Por conta desse risco, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou há pouco que os trabalhos nas tecnologias ofertadas pelo governo federal para possibilitar a entrega do auxílio emergencial estão ‘caminhando bem’, mas que há sinais de fraudes.

“As coisas estão caminhando bastante bem, o nosso sistema de segurança, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência e PF interceptando e derrubando alguns sites para evitar fraudes. Estamos tendo todos os cuidados para que possamos minimizar episódios”, completou o ministro sem citar os números.

Até o momento não há denúncia de alguém que tivesse sido vítima do golpe.

Outro dilema que esteve na pauta do governo nesta terça-feira diz respeito ao débito que as pessoas possam ter na conta e a compensação do dinheiro. À Folhapress, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o governo estuda formas de evitar que o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a amenizar impactos econômicos do movo coronavírus sobre informais, não seja automaticamente usado para pagar dívidas como cheque especial no negativo quando cair na conta do beneficiário.

Questionado em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Campos Neto disse que o risco foi levantado em discussões com o Ministério da Economia. “Estamos estudando para que não aconteça, não tenho uma resposta definitiva, mas estamos olhando para que não aconteça.”

Fábio Cardoso, com agência