As eleições de 2020 mostram que as mulheres estão mais participativas como candidatas a uma vaga nas Câmaras Municipais. Muito embora uma das justificativas seja o número de cota que os partidos políticos devem alcançar, é verdade que elas estão participando mais do processo de discussões sobre diversos temas que envolvem melhorias diretas para a sociedade brasileira, e isso ocorre seja na Paraíba, seja na região Norte, nas suas remotas cidades.
Em número, a Paraíba tem um total de 3.962 candidatas mulheres nas eleições deste ano, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral. Os números representam 32,2% do total de candidatos aos cargos de vereador e prefeito que é de 12.321. O número é baixo se levarmos em conta que as mulheres representam 52,5% do eleitorado paraibano. No estado serão 97 candidatas a prefeita, 136 a vice-prefeita e 3.729 ao cargo de vereadora.
Ser candidata de primeira viagem, como tem sido o caso de muitas dessas mulheres, é sair da zona de conforto, seja familiar ou profissional. Muitas estão tendo que dividir o trabalho de dois expedientes, quase sempre, com o corre-corre das campanhas, passando suas mensagens, tentando ganhar o poder do convencimento junto aos eleitores.
Uma dessas mulheres candidatas é a jornalista e empresária Ceres Leão, que concorre pela primeira vez a uma vaga na Câmara Municipal de João Pessoa, pelo Patriota, que tem como candidato a prefeito o delegado Walter Virgolino e a vice a professora Leila Fonseca.
Ceres Leão é figura conhecida do meio jornalístico e empresarial, com 20 anos de carreira, com serviços prestados em diversas empresas de comunicação e publicidade da capital paraibana. Atualmente, Ceres comanda a revista Fashion News, há 16 anos, é diretora do portal ÉFashionBrasil e apresentadora âncora do programa É Fashion, pela TV Master. Também desenvolve trabalhos na área de eventos e, recentemente, empreendeu na gastronomia. Com seu espírito solidário, já participou de vários projetos sociais em prol de instituições de caridade, asilos e comunidades carentes.
A disposição de colocar o nome na disputa pela Câmara Municipal, e na política, tem o olhar voltado para o futuro, segundo ele, focando “na raiz do problema para poder legislar, fiscalizar e desenvolver seus projetos e ações. Pretendo ter um olhar diferenciado, buscando sempre soluções que venham minimizar ou mesmo resolver a causa do problema”, explicou. As bandeiras de luta são várias, como a saúde mental da família, com destaque para o homem.
“Quando falamos, por exemplo, na violência contra a mulher, sabemos que ela é a grande vítima e precisa ser amparada e protegida, no entanto, é fundamental tratar também o homem para que ele evite a perpetuação deste comportamento violento”, explica Ceres Leão, que pretende atuar na prevenção das problemáticas e doenças psicossomáticas de origem emocional, em particular oriundas das relações familiares que, muitas vezes, causam disfunções na rotina, gerando situações de agressão (como a violência doméstica, a violência infantil, a violência ao idoso, o estupro e a misoginia), desemprego, depressão e isolamento social, trazendo grande sofrimento psíquico que pode levar ao suicídio, em especial do homem.
Ceres Leão também pretende defender a valorização da classe artística cultural, com projetos que venham a enaltecer e melhorar o setor, como o incentivo à produção local, as quais garantam a contratação e apresentação de artistas da terra na abertura de shows musicais, peças teatrais e eventos culturais, financiados com recursos públicos. “Bem como a valorização da arte e cultura, através do Artesanato, e o incentivo à cultura popular nos bairros, valorizando o artista local e aproximando essas atividades da população.”
O empreendedorismo e a liberdade econômica estão no olhar da candidata, segundo ela, como importantes para o desenvolvimento da cidade. Com esse pensamento, pretende criar, através de Parcerias Público-Privadas (PPP’s), cursos técnicos de capacitação profissional, para pessoas de baixa renda, estágios para alunos dos cursos técnicos e empregos temporários para experiência e qualificação profissional, a fim de contribuir para a inserção desses trabalhadores no mercado de trabalho, abertura de microempresas ou para formalização do emprego. Além de criar oficinas gratuitas de Empreendedorismo para crianças das escolas públicas.
Redação
