Daniel Alves será marcado como pior contratação do São Paulo e nunca será lembrado como ídolo

Esportes Fábio Cardoso

A arrogância nas declarações sobre a passagem relâmpago de Daniel Alves pelo São Paulo mostrou um lado desse atleta que até então poucos conheciam. Ninguém pode negar que ele é um dos maiores vitoriosos do futebol mundial, afinal de contas, ninguém ganha mais de 40 títulos em um dos esportes mais competitivos da atualidade e que depende do coletivo e da individualidade quase que na mesma proporção.

Daniel Alves, com toda a sua prepotência, chegou a dizer que foi jogar no Tricolor paulista para fazer o clube mais conhecido mundialmente, porque logo ligariam a sua imagem ao time. Pura pretensão… Torcedor confesso, o lateral ou meia – ou nenhuma das duas posições, pelo pouco que produziu no São Paulo – desrespeitou essa paixão e, principalmente, frustrou a imensa torcida que o recebeu de braços abertos.

O atleta ignorou situações atípicas como a pandemia da Covid-19, que provocou até mesmo a saída de Messi do Barcelona – algo inimaginável -, que declarou não ter dinheiro para pagar os salários do argentino. Ignorou as inúmeras tentativas de acordo de uma diretoria que não o contratou – herança maldita da gestão do Leco, que foi uma catástrofe para o clube em todos os sentidos. Um parêntese aqui, é que, claro, todo trabalhador tem direito sagrado a seu salário, mas poderia ter sido mais conciliador e negociar melhor.

O que me dá impressão, é que Daniel Alves fez o que fez de forma pensada. Na primeira declaração após conquistar a medalha de ouro na Olimpíada do Japão, preferiu detonar o clube ao agradecer por tê-lo colocado em condições de disputar os Jogos – ele estava lesionado. Mas é isso.

Minha filha me perguntou sobre Daniel Alves como um ídolo do São Paulo. NUNCA, em caixa alta. O lateral será sempre lembrado como uma das péssimas contratações, um atleta de pouco caráter, egocêntrico e que não respeitou o clube ao sair pela porta dos fundos. Aliás, nem saiu, porque não teve hombridade nem mesmo de retornar para informar que não jogaria mais pelo clube após as duas partidas da seleção pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Fica a lição para essa e futuras diretorias do São Paulo. E fica agora essa dívida milionária que exigirá sacrifícios.

Fábio Cardoso