O presidente da Cinep – Companhia de Desenvolvimento da Paraíba, Rômulo Polari, falou à reportagem do TURISMO EM FOCO, nesta terça-feira (18), sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Territorial do Turismo da Paraíba 2022 até 2030, enfatizando que a intenção do governo é interiorizar o turismo paraibano, buscando melhorar os destinos que já são de excelência, aperfeiçoar outros que precisam de alguma lapidação, mas, sobretudo, descobrir novas ofertas que ainda estão em fase embrionária.
O plano foi lançado nesta terça-feira e será coordenado por Anya Ribeiro, arquiteta urbanista e administradora de empresas, consultora executiva da ARC Consultoria Empresarial.
“A gente está apresentando o primeiro produto dessa contratação, que é o plano de trabalho executivo até 2030. Duas grandes características desse plano são a participação de todos os atores que fazem o turismo paraibano. Não queremos que ele seja mais um plano de turismo, que vai para uma gaveta. Aliás, o que faz um plano ir para a gaveta? É a não sensação de pertencimento de não ter sido ouvido, ações erradas que aquele segmento julga não ter sido adequado. Então, o que as pessoas estão vendo aqui na sala – 42 secretários de turismo da Paraíba, 17 representantes de entidades do trade turístico, como hotelaria, gastronomia, bares e restaurantes, academia, imprensa especializada, os presidentes dos 12 fórum regionais.”
“Isso (o planejamento) é humanamente impossível, mesmo que seja uma empresa, saber tudo sobre a gente. Quem sabe sobre a gente é a gente, não uma empresa com expertise, que precisa escutar as pessoas daqui, por isso, a importância da participação de todos, a partir desse momento. A gente está apresentando aqui a metodologia que irá usar e vai ser dado um tempo para todo mundo responder, fazendo sugestões, a partir de agora, para que a gente consiga ser ao máximo assertivo.”
“O segundo grande direcionamento nosso será a interiorização. Vai haver um grande empreendimento, que é o Pólo Turístico do Cabo Branco, que a gente vai dobrar a capacidade hoteleira do município de João Pessoa, que hoje gira em torno de 12 mil leitos, e serão mais 13 mil leitos, esses mais qualificados em termos de oferta para um novo público. Estamos falando de 13 mil leitos novos com um turista com um ticket médio mais elevado.”
“Esse é um grande momento que irá atrair para João Pessoa e o que fazer com esse turista que irá chegar na capital paraibana, em torno de 1,5 milhão de pessoas? Iremos tentar levá-los para o interior do Estado. É uma grande oportunidade de tentar interiorizar o turismo paraibano. Então, a partir do Polo é que a gente pensou nisso. A gente não pode errar como os outros estados erraram, como o Rio Grande do Norte e outros que, hoje, estão pagando um preço de não ter planejado.”
“Para o planejamento, não existe peça melhor do que o planejamento estratégico. Aqui a gente vai definir ações que iremos fazer ano a ano até 2030. Assim, em 2023, a ação é essa, o projeto é esse, que o estado irá investir R$ 100 milhões ali. Teremos a capacitação, por meio do Senac, da Fecomércio, isto é, todo mundo envolvido nesse processo.”
“Teremos indicadores também. Vamos ver o mercado da Argentina, quantos turistas vieram para cá. Foram poucos os recursos (?); o fluxo de turistas não valeu o investimento (?). Iremos verificar quais foram os problemas e porque não deram bons resultados. Isso tem vários subprodutos onde iremos definir o que será investido para o turismo da Paraíba. O que sair desse produto, o governador João Azevêdo irá aplicar e garantir os recursos para isso vai garantir na Lei Orçamentária.”
Fábio Cardoso
