Jornalismo da Paraíba perde Wellington Farias, o ‘Fodinha’

Cotidiano

Mais um jornalista perde a batalha para o câncer. Foi confirmada na tarde desta segunda-feira (16) a morte do jornalista Wellington Farias, conhecido por ‘Língua de Tesoura’. ‘Fodinha’ fez história no jornalismo paraibano em várias empresas de comunicação, seja no rádio, no jornal impresso, no portal ou na televisão, e sempre com a competência de sempre.

Fodinha estava internado no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, fazendo o tratamento contra o câncer. Ele tinha 67 anos e vinha vivendo momentos de altos e baixos nesse período, apresentando uma piora nos últimos meses. 

Em suas postagens nas redes sociais, a netinha ganhava notoriedade, com o avô babando e se deliciando com a ternura dela. Em uma das postagens recentes Fodinha, revelou o drama a qual vinha passando, a luta incessante que vinha travando contra a doença.

No começo de outubro deste ano, Fodinha postou uma foto com a neta Helena, que foi conhecer com a avó Eloise Elane o Sítio Canadá, na zona rural de Serraria, terra natal do jornalista. “Caminhamos pela estrada por onde vovô Leto tanto passou indo para a escola municipal, no vizinho Sítio Labirinto, para aprender as primeiras letras. Na foto, vovó Lise” comentou na oportunidade.

 

Ainda não se tem informações sobre velório e enterro.

Estive em várias frentes do Jornalismo ao lado de Fodinha, uma pessoa amável, atenciosa, brincalhona, na mesma medida em que cobrava responsabilidade e dedicação ao jornalismo sério e correto, sem se deixar envolver pelas armadilhas da profissão.

Lembro diversas histórias dele contadas na redação do Jornal Correio da Paraíba, a maioria, com muito humor de uma pessoa que parecia para muitos carrancuda ou antipática. Pobres daqueles que não o conheceram na sua essência.

Nos últimos meses vinha acompanhando a luta dele contra o câncer. Ele, sempre com alto astral e bom humor, não se deixava esmorecer com a gravidade da doença, passando para todos o sentimento de que a cura era possível, que, de repente, viria a notícia de que estava são. Essa notícia infelizmente não podemos mais anunciar.

Amigo, estamos aqui de passagem e pena que a sua trajetória terminou na tarde desta segunda-feira. Pelo que te conheço, sei que daí de cima, onde estiver, estará acompanhando um a um de seus amigos, que sempre lhe serão eternamente gratos pela sua existência, pela sua generosidade.

Fodinha, qualquer dia a gente volta a se encontrar…

Fábio Cardoso