O Centro de Convenções de João Pessoa já pode, a partir desta quarta-feira (14), realizar eventos com a presença de até 200 pessoas. A autorização faz parte do processo de flexibilização adotada pelo Governo do Estado e publicada no Diário Oficial desta quarta. Para o gestor do equipamento, Ferdinando Lucena, a data de hoje é de celebração pela reabertura, mas o seu fechamento, em março deste ano, fez a cadeia produtiva de eventos deixar de injetar na economia da capital paraibana cerca de R$ 80 milhões.
De acordo com Ferdinando Lucena, esse valor pode chegar a superar R$ 120 milhões, se forem contabilizados os valores das planilhas dos organizadores de eventos e gastos na logística e infraestrutura. Os R$ 80 milhões são referentes aos gastos dos participantes dos eventos com alimentação, hospedagem, transporte e compras em geral.
O gestor do Centro de Convenções revelou que, de março até outubro, conseguiu, “com muito diálogo”, acomodar 85% dos eventos previstos para este ano no calendário de 2021/2022. Um desses eventos é o Congresso Brasileiro de Anestesiologia, que seria realizado no Rio de Janeiro em 2020 e passou para 2021. Ele aconteceria no próximo ano em João Pessoa, mas foi transferido para 2022. “É um efeito dominó”, apontou Ferdinando Lucena.
Ainda em 2020, por conta da pandemia do coronavírus, o Centro de Convenções perdeu 10% dos eventos previstos para o período de julho até outubro. Apenas 5% dos eventos previstos devem ser realizados ainda este ano. “Estamos com a agenda aberta para iniciar a formatação do novo calendário, sempre pensando na segurança de todos e mantendo à risca todos os protocolos de biosegurança adotados pelo Governo do Estado”.
Por outro lado, Ferdinando Lucena descartou a realização dos grandes shows no Teatro Pedra do Reino. Somente no primeiro semestre, foram cancelados mais de 15 shows artísticos e “não existe, até que surja a vacina contra o coronavírus, qualquer possibilidade de realização desses eventos, que são geradores de aglomerações e que reúnem entre 1,5 mil a 2 mil pessoas”, alertou o executivo.
Fábio Cardoso